Torre Eiffel

Logo que o carro parou frente a torre, sorriu para o motorista e por fim aproximou seu rosto do dele, depositando no lado direito deste um selinho moroso, e logo após segredando-lhe bem aos pés do ouvido algumas palavras que, em conjunto com os feromônios de coloração branca que deixavam sua pele - intuindo acalmá-lo -, diminuíra toda a tensão sexual que dominava-o e permitiu que o domínio de Veronna sobre ele fosse mais eficaz. Depois disso, logo que ela deixou o carro o homem embrenhou-se por entre os demais em alta e velocidade, e não muito depois sumiu por entre os demais automóveis.

A Lefreve então se viu só, vestindo apenas uma saia preta pouco acima do joelho e, uma mini-blusa branca, que delineava perfeitamente suas lindas curvas por sob a veste. Então, munida somente de sua beleza, de um sorriso malicioso nos lábios e de suas tenções até o momento sigilosas, ela esgueirou-se por entre as pessoas que caminhavam atônitas por ali e dirigiu-se para o banco mais próximo da famosa torre, onde convenceu um casal que lá estava a se retirar, para só então assentar-se, com a perna direita sensualmente cruzada sobre a alheia.

Vejamos se encontro algo interessante... — Balbuciou a si mesma, em voz baixa, e, dito isso, elevou o dedo indicador direito frente aos lábios, protelando-se em avaliar todo o seu derredor em busca de algo, ou alguém interessante. Não sabia de fato pelo que buscava, mas, certamente, se havia algum lugar em que esperava encontrar por este elemento ainda desconhecido, era ali, em meio a todas aquelas pessoas sujeitas ao seu "charme mágico".

NEXT TIME YOU POINT A FINGER

E ra noite e Christopher sentia a necessidade de sair daquele hotel. Era confortável, elegante, mas não ele não fazia parte dali. Sentou na cama por uns instantes e tomou a refletir sobre o que tinha deixado pra trás. Levantou e foi ao banheiro, ligando o chuveiro e ficando lá em baixo por cerca de 15 minutos. Após isso, vestiu uma calça jeans, uma blusa de manga vermelha e calçou um sapato. Pronto, era a hora de partir. Arrumou a mala e saiu daquele local. Passou pela recepção e deixou o dinheiro da hospedagem, indo em direção ao estacionamento e pegando sua moto.

Alguns minutos se passaram, e, aos olhos da morena, nada que realmente prendesse de sua atenção teria sido avistado por ela até o momento. Todavia, não desistiria assim tão fácil. Cônscia de que poderia ter mais sorte em encontrar, do que em ser encontrada, ergueu-se e após arrumar sua saia brevemente, caminhou compassadamente em direção a torre, onde finalmente avistou um rapaz ao atentou-se por mais do que dois minutos. Intrigada, arqueou a sobrancelha direita e seguiu em direção a ele.

Segura de si mesma e de suas limitações, passou pelo garoto e foi assentar-se em um banco que se encontrava a três passos de distância de onde ele se encontrava, porém, não o fez sem antes exalar de seus poros uma agradável fragrância de interesse libidinoso dele para consigo. Sabia que assim que ele sentisse daquele perfume, seria o próprio a se aproximar dela, sem ao menos saber exatamente de onde viera sua atração para com ela, uma vez que sequer tinha observado o corpo da jovem que, para felicidade dele, era tão belo quanto toda ela e, aquele azul lucilante de seus olhos.

NEXT TIME YOU POINT A FINGER

O jovem tinha percebido que uma jovem tinha olhado para ele, porém, não queria conversa. Não estava tentado a conversar. E mais ainda, quando ele sabia que ela tinha poderes. Era uma Watcher. E aquele banco de dados do Gabriel vinha a mente novamente, a memória fotográfica nunca falhava. Mas, seu poder era difícil de lembrar.